domingo, 12 de junho de 2016

Diário do artista - O preço de ser FIEL - Salve o Corinthians!


Sempre que tem clássico entre Corinthians e Palmeiras é uma verdadeira guerra em casa.

Sim, temos uma parte de palmeirenses e outra de corintianos, somos desportistas até certo ponto, mas tem horas que a coisa fica feia, e quem não é de “casa” muitas vezes até se assusta, mas nunca chegou a ser nada serio, ou quase.
Mas nem sempre foi assim...

Quando tem um jogo dessa grandeza eu me lembro da minha infância, e comento com todos, principalmente com os recém chegados à família o meu histórico de luta, e sim, faço isto com muito orgulho.

 Eu cresci em um núcleo de palmeirenses que não aceitavam a minha voz, queriam me calar, e não me deixar feliz... Assim quando eles ganhavam me zoavam e eu chorava, e quando nós ganhávamos não nos deixavam comemorar. Isso era a minha revolta maior, para assim nos forçar, eu e o meu primo a ser o que não queríamos. E é assim que todos os opressores se comportam, querem nos calar, nos deixar tristes e sem direção. Mas não é bem assim, e não deixaremos ser, não mais.

Cresci cada dias mais corintiana, aquilo estava errado e eu jamais cederia. Além de torcer, entendo de futebol, e sempre disse que mulher podia fazer tudo o que quisesse, e sim, quando adolescente eu jogava num time de futebol feminino. <3

Eu sempre briguei pelo meu espaço neste quesito, as vezes o meu pai levava tudo muito a sério, parecia meu inimigo. Muitas vezes eu me perguntava por que gostava tanto daquele símbolo, por que o hino me encantava tanto, desenhava desde os sete anos o escudo do Corinthians em tudo quanto era lugar. 
 Até ouvir da minha mãe uma história. Ela me contou que eu atrasei quinze dias o meu nascimento, até nascer no dia 1º de setembro, que não por acaso é o dia do aniversario do Corinthians, pensa se eu não chorei de emoção!

A partir deste dia eu não tive mais duvidas, sou predestinada a torcer por este time!

Hoje eu não sou tão fanática, não como antes, nem perto do que era antes, creio que toda euforia e batalha tinham um viés maior que títulos e futebol, era briga por espaço e expressão, “não opressão” e sim aos direitos das mulheres, e de ir e vir como pessoa.  

A minha mãe enlouquecia, também é corintiana, e até hoje ela fica preocupada com as encrencas. Os meus irmãos e primos, a maioria cresceram palmeirenses, a minha irmã eu salvei para o meu grupo e conquistei novos aliados, os meus filhos e sobrinhos aprenderam a amar o Corinthians também. A disputa ficou só mais emocionante! Eu fiz de tudo para que eles escolhessem sozinhos, para não sofrerem o mesmo que eu, mas com a doença e soberba dos palmeirenses ao querer impor algo, não foi tão difícil.

 Temos nosso mundial LINDO que eles tanto nos invejam!

Não tento aqui provar que o meu time é melhor, embora seja kkkkkk

Até perdemos hoje! :(

A ideia é a liberdade, de escolher a quem seguir, e o que fazer da própria vida, e das próprias vontades.
 Ser livre é a missão.

Ninguém irá me dizer o que fazer, a que politica devo seguir, seja por partidos ou clubes de futebol. A minha fortaleza é saber que sou unidade, e que nenhum sofrimento se assemelha a ser aquilo que você não é, ou seguir a partir de alguém aquilo que você não acredita.

Hoje o meu time perdeu, mas quem ganhou foi eu por não ter desistido em momento algum de ser Fiel!

Sou fiel de Corinthians, sou fiel a Grazy. E será assim sempre!

Para hoje: Salve o Corinthians!



Grazy Nazario. 

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