Ser intensa muitas vezes, ou
quase sempre é muito ruim. Quando acontece algo que me deixa triste, eu fico
mal a ponto de não dormir e não fazer as minhas coisas da forma como costumo. E
assim também acontece quando fico feliz, ou eufórica. Os meus nervos ficam a
flor da pele, eu não controlo nada, simplesmente as emoções me dominam. :P
Ontem fui a uma roda de conversas
com mulheres que lutam e participam ativamente da busca pelos direitos das
mulheres em suas diversas vertentes. Eu queria chorar. Tantas coisas a aprender
e ensinar que me deixou sem chão, mas me levou as nuvens. Mesmo cansada
fisicamente, eu não pensava em nada que não fosse: “Não estou sozinha, nunca
estive e jamais estarei”.
Várias mulheres disseram muitas
coisas, umas com mais consistências, outras com menos, mas todas tinham vontade
de mudanças, de melhorias, direitos... Até eu me aventurei a falar, mas eram tantas
coisas a dizer, tantos aspectos a apontar que fiquei confusa. Então escolhi três pontos e falei,
até mais tempo do que deveria, mas se pudesse falaria a noite toda sobre o
assunto. :)
Diria tudo o que disse, e que não
canso de escrever, de gravar e conversar com as pessoas, além disso, também
diria que não somos obrigadas a nada, inclusive não ser feministas, a não
lutar pela causa, bom mesmo que não precisasse nada disso, que tudo fosse
natural, assim como é a vida das pessoas. Bom seria que todos tivessem
consciência disso.
Muitas vezes eu queria ser
diferente daquilo que sou, eu tento muito isso. Ser mais realista quem sabe, menos romântica
com as coisas, meu excesso de otimismo muitas vezes me atrapalha, me impede de
enxergar algumas coisas que deveriam me parecer óbvias. Isto é ruim.
Eu já tentei muito mudar, por
vezes consegui e coisas boas aconteceram, outras me confundiu mais, e nada mudou. Mas ter
uma noite tranquila de sono após algo tão sublime parece estar fora do meu
alcance. L
Senti que somos muitas e tão
poucas, ainda nos descobrindo como mulheres e tentando ser parte de nós mesmas.
A consciência as vezes dói, mas também nos faz crescer, nos liberta.
As mulheres estão a mil por hora, a luta tem vários nomes, condutas
e caminhos, mas nada a mantém viva como a união e o trabalho em prol disso, e
estar certa de que tudo pode e deve mudar.
Olha eu, romântica de novo!
Para hoje: Todo dia é dia de luta!
Segue abaixo as fotos do evento.
Com Juliana Cardoso, vereadora que me convidou para este encontro incrível. Muito obrigada!
Com as meninas... Rosa, Luciana, e Andreia.
Dra Anke Riedel.
Com Raquel Moreno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação!