Fiz uma inscrição em um concurso público para professor, e fui fazer a prova. É possível que muitas pessoas de meu círculo de amizade se identifiquem
com as minhas impressões. Eu espero que sim, por que me sentir “louca” sozinha
seria muito solitário.
No ato da inscrição e durante o período preparatório tudo estava
bem, eu quase não reclamei ou questionei os métodos de avaliação do concurso ou
coisas do gênero. Eu nunca fui muito a favor de concurso público, ainda mais ao
pensar na arte como arte. Apesar de saber que precisamos de dinheiro para sobreviver (a
minha mãe vive dizendo isso), e que uma certa “estabilidade” é algo a se pensar, a ideia de me sentir presa a um determinado lugar ou situação sempre me
passou a impressão de limitação artística, e isto me bloqueava algumas vezes.
Mas, superadas as questões artísticas e de um possível bloqueio
de criatividade ou limitação, eu decidi que faria o exame, afinal, lecionar é também
um meio de expressar a sua arte, sem contar o quão enriquecedor é estar com
mentes criativas e tão cheias de vida e novas propostas...
Os alunos são muito
tudo isso. <3
Assim que peguei o caderno de questões
estava disposta, mas ao começar a ler e ver aquelas “pegadinhas” imbecis, que serve para eliminar por descuído o participante. Como algo deste tipo pode medir
a qualificação de um profissional da educação? Imaginei algum aluno meu, fazendo
uma prova com aquele sistema de avaliação, sendo que, o que esta sendo proposto na
educação é exatamente ao contrario!
Então notei que na prova tinha uma dezena delas, ou até mais, aí desanimei.
Passei a refletir o quanto nos colocamos em situação de invalidez diante de não conseguir passar em uma avaliação dessas, e também na dificuldade
de praticar aquilo que estudamos e vivemos no dia a dia. Entre as aspirações
utópicas enfim cheguei na prova especifica, ou seja, Arte. Neste momento eu imaginei
que saberia a maioria dos conteúdos, e que em momento algum perderia tempo com
estas reflexões fora de hora, mas a coisa piorou. Vi o quanto estou desatualizada, e que mesmo
indo à exposições regularmente, preciso ir ainda mais. Parei para pensar que a arte esta a cada dia mais
mercadoria e menos reflexão.
Irritei-me ao lembrar-me dos meus livros
prontos, e as dezenas de ideias e projetos que tenho em minha cabeça,
cadernetas e no computador! E como me incomodou o fato de estar ali sendo
avaliada por analisar a arte alheia, ao invés de estar produzindo a minha! Fiquei
mal. :P
No final refleti sobre a importância da prova, da minha arte e dos problemas na educação.
Pensei, pensei e pensei... Preenchi tudo e entreguei.
Então decidi:
Que se foda essa
porra toda! Essa TPM só me FODE!
Para hoje: Nada substitui a arte que carrego em mim, e como eu gostaria que fosse o bastante para viver.
Para hoje: Nada substitui a arte que carrego em mim, e como eu gostaria que fosse o bastante para viver.
Um pouco de cada coisa, aqui acontece.
ResponderExcluirCom certeza! A vida é isso né...
ResponderExcluirEu acho, as vezes sim, as vezes não.
Tô confusa hoje! rsrsrs
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