sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Diário do Artista - Ler é aprender


Quando eu penso que estou escrevendo bem, leio algo que me faz enxergar que estou apenas iniciando algo perto disso.

Li um artigo sobre construção de personagens que esta me intrigando a cada dia, pois pensei: 
" Como vou fazer isso!" 

Eu levo a sério este tipo de situação, preciso a todo momento reinventar o meu modo de escrever, tenho muito medo de me "viciar" em uma escrita confortável, e não evoluir. Temas eu repito, mas o jeito de escrever e a percepção precisam ser um diferencial, assim penso eu.

O artigo a qual me refiro é do escritor Chuck Palahniunk, suas dicas são diretas, e o pior ( ou melhor),  tudo o que ele diz no artigo faz muito sentido, vou postar o link no final do texto para quem quiser conhecer as ideias, e anotar as dicas e exemplos. 

Mas ao avaliar os meus textos à partir disso, notei que algumas coisas eu pratico, mesmo de modo inconsciente, porém sei que produzir algo de forma consciente é mais produtivo, além de passar segurança para o leitor e o escritor, e isto é muito bom. Mas o que me intriga é a parte que eu não pratico tanto, aí esta o problema.

No artigo o escritor nos instiga quanto a criação do personagem, a sua dica é sobre descrever os sentimentos, e não apenas entregar a ideia pronta ao leitor. Isto é sensacional! No entanto não tem como direcionar algo muito complexo à qualquer leitor, não que esteja considerando o leitor "burro" Não mesmo! :P
É que a maioria dos leitores estão acostumados com leituras assim, em que as sensações são descritas com ações diretas, e não a partir das próprias percepções diante do personagem, isto é novidade até para aqueles que leem muito, e por isso é muuuuuuito interessante, e é exatamente por este motivo que faço questão de incluir isto em meus textos. 

O grande desafio é introduzir de forma natural, encontrar um equilíbrio no texto para acontecer gradativamente, assim possibilita ao leitor entender no decorrer da leitura o pensamento do personagem sem a escrita dizer isso de forma clara.

Não será maravilhoso se eu conseguir!?

Já iniciei os primeiros testes... E dá muito trabalho, mas o resultado é lindo. Vou dividir um pequeno trecho que criei, a partir do personagem principal da minha obra em construção.

Ficou assim...

" ...Seus olhos dilatados e secos, junto a boca calada e o peito febril. Nenhuma vontade de antes do fato se despertava, não havia sentido algum, e a morte lhe parecia inofensiva. Não existiam lágrimas, não mais, lhe parecia um forte soco no estomago com intervalo de poucos segundos, que eram o suficiente apenas para respirar (...)"

Este é um pequeno trecho, apenas um teste, eu gostei de escrever, espero que tenha sido possível entender do que esta sendo falado. Estou ansiosa!
Agora é estudar o modo de introduzir a técnica na obra, espero que fique bom. ;)

Para hoje: Meus olhos estão atentos, meu sorriso ora vem mais bonito, e mesmo diante de qualquer sensação desconhecida acreditarei. 


Texto: Grazy Nazario.


Link do artigo mencionado abaixo.
http://www.oxfordcomma.com.br/2015/08/conselhos-de-chuck-palahniuk/








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