sábado, 30 de janeiro de 2016

Noticia da Semana - O vídeo do garoto Samuel


Esta semana mais um vídeo viralizou na internet,  fiquei chocada com o menino Samuel, no qual o garoto chora e pede para um homem não o deixar com o pai. O vídeo é comovente, eu não consegui assisti até o final, fiquei muito triste, pensei nos traumas que aquele menino pode carregar, e aquilo me causou algumas reflexões.

Claro que não podemos julgar o todo apenas por um fragmento, não sei como o vídeo foi gravado, nem as condições em que o garoto vive, ou a partir de que o juiz avaliou a situação para deixar o pai com a guarda do pequeno Samuel. 
A partir disso, fiz uma pequena investigação sobre o caso, e continuei sem saber muito, pois o caso segue em segredo de justiça, porém algumas informações indicam um histórico de um pai agressor, já que a mãe do garoto o denunciou enquanto vivia com o mesmo e foi embora, e segundo ela, por ser ameaçada não levou o garoto com junto.  

Creio que esta é uma decisão muito difícil para o juiz, já que a lei trabalha com provas, claro que seria um crime ignorar o desespero de Samuel, e ouvir o que ele tem a dizer seria o minimo, em um caso como este, mas é necessário mais que isso para decidir com quem deve conviver uma criança de seis anos.  No entanto o que me intriga, e me deixa realmente estarrecida é o fato dos adultos, no caso pai e mãe  não conseguirem fazer o melhor para o seu filho, decidirem e aplicar na pratica o melhor para a criança, acima de magoas e ressentimentos causados apenas por ego e vaidade. 

A todo o tempo o que esta em alta são as competições, quem tem o melhor emprego, mais dinheiro, as melhores roupas, as companhias, e etc. É tudo EU! Nada pode ser coletivo, não existe o minimo de equilíbrio para tornar a vida daqueles que dependem de nós melhor, somente o individual importa, não estão preocupados com o mal a ser feito a criança, mas o quanto a mãe (ou o pai) irá sofrer diante daquilo, logo o fato de amar e querer cuidar do filho ( que deveria ser algo comum) seria a "arma" do outro. E isto em muitos casos acontece por parte dos dois, pai e mãe travam batalhas, e usam como armas e escudos, os filhos. Mas se esquecem que o filho pequeno cresce, e ainda reclamam quando se tornam adultos sem noção, ou sem qualquer direcionamento social, a vida é vivida em forma de guerra e a maldade se torna algo comum.

Parece-me que ninguém quer ceder em nada e por nada, preferem carregar ódio pelas pessoas que passam por sua vida, como se elas tivessem obrigação de ficar, ou de ser do jeito que a sua expectativa desejava. Assim alimentam este ódio, criam mais e mais motivos para sentir mágoa, agridem os inocentes por suas falhas em lidar com os próprios sentimentos e as coisas da vida, se esquecem que relacionamentos começam e terminam sempre, e será sempre assim...  E que em alguns momentos você não quer, e em outro o outro não vai querer, mas todos nós temos o direito de fazer escolhas, e ninguém, além de nós mesmos devemos pagar por elas. 

Isto é triste! 

Não aceitar a liberdade do outro, não perdoar os erros uns dos outros, odeiam e odeiam sem mesmo se lembar por que! E permanecem a desejar o mal de forma desmedida! A vida lhe parece um fardo pesado, cheio de rancor, talvez um pedido de desculpas fosse o bastante para evitar mil coisas, mas o querer ter razão, o querer dominar, o querer vencer (não sei ainda o que) rompe o amor, e nada de bom lhe resta quanto ao outro, ex marido (ou esposa), irmão, pais, amigos ou qualquer um que seja passivo de erro. 

Erros são erros, independente da proporção que calculamos, precisamos aprender a ser mais que julgar.
Os seus erros não são menores por que são seus, eles são erros.

 Não sou livre de erros, nem defeitos, tenho também crises crise de orgulho, e muitas vezes o meu ego me atrapalha em minha evolução como ser humano, mas é preciso ter consciência de nossas  falhas, nossos defeitos e tentar melhorar nos aspectos que mais nos atrapalham.

Eu não sei o que arrasta esta magoa dos pais do pequeno Samuel, nem se o seu pai é opressor e machista ao ponto de bater e ameaçar a mãe, conforme eu li. Mas sei que dói demais assistir uma cena daquelas, e sei que muitas cenas iguais se repetem fora da internet. 
A crueldade humana pode chegar a lugares extremos de um ser, e o prazer diante do sofrimento alheio pode nos tornar desumanos ao ponto de fazer o mal, imaginando ter boa intenção,  neste caso caberia o bom e velho ditado "de boas intenções o inferno esta cheio". Quem ama quer ver o sorriso, não a dor, proteção não é crueldade. 

Que os insanos sejam repreendidos, a responsabilidade dos pais é proteger o filho, e não lhe causar sofrimento por ego, raiva ou intrigas. Os adultos sabem o que estão fazendo, a criança só quer viver e brincar. 

Força ao pequeno Samuel, e que a verdade e o melhor para ele prevaleça. 



Alguns sites consultados:

http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2016/01/menino-volta-morar-com-pai-apos-chorar-ao-saber-de-decisao-do-juiz.html

http://br.blastingnews.com/sociedade-opiniao/2016/01/o-caso-do-pequeno-samuel-e-o-video-que-emocionou-milhares-de-pessoas-na-internet-00759389.html


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